segunda-feira, janeiro 16

Voltando a um lugar que não existe

As vezes me dá uma baita saudade de tudo, daquele tempo.... de todos...

dos amores, das brigas, estamos contando o tempo e alguns pararam... 

Aqui ficou o meu lugar solitário de lembrar de tudo isso.  vou repetir a imagem porque tem

tudo ver..



sexta-feira, fevereiro 10

O prêmio


Aí está o nosso prêmio na mão do Zé. Só não lembro quem são os outros dois rapazes da foto...

sábado, janeiro 21

A premiação

Zé recebendo o prêmio....

Abraços e apertos de mão de felicidade....

A comemoração.

domingo, dezembro 11

A Mixirica

Um belo dia o Zeelias deve ter chegado para o grupo e falado mais ou menos assim: "Gente, eu tenho um grupo que faz festas e vocês poderiam trabalhar, ganhar uma grana e a gente também levanta uma verba pro Molambo". Deve ter sido isso. Não lembro direito. Mas era o Venkenké. Pra mim, o delicioooooso Venkenké...
Trabalhávamos como loucos, geralmente ao ar livre e sob o sol forte, em festas do Dia das Crianças e de Fim de Ano, em firmas, nos fins de semana e feriados. Também fazíamos festas em duplas, em aniversários de crianças. Dessa parte não gostava muito. Gostava mesmo das festas grandes. Perdi muitas reuniões domésticas, com minha família, por causa do Venkenké. Mas não ligava. Adorava... dançar como louca ao som do Olhar 43 e de Xuxa, bater no "focinho" dos bonecos (A cabeça rodava e quem estava dentro da fantasia ficava atordoado. O Wilton era meio vítima), os bastidores, com todos se maquiando e se trocando, brincar como criança, me emocionar com o Edson vestido de Papai Noel, atormentar o Zeelias por qualquer motivo besta e até comer aquele lanche horrível e frio numa breve hora de descanso...
A maquiagem que escondia o meu rosto e a roupa colorida me deixavam livres. Me guiava pela máxima inventada pelo Edmar: "Palhaço pode!!". E podíamos tudo. Pirávamos. Não dávamos bola prá ninguém.
Inventei a Mixirica (assim mesmo, com vários 'is'), uma palhaça feminina, a primeira que usou saia na turma, toda de vermelho e branco. Ela foi aparecendo, entre uma festa e outra, um personagem como eu gostava de fazer: delicada, alegre e esperta. Não lembro como surgiu o nome... Mas era sonoro, e eu gostei. Até hoje tenho a roupa, que a Bia de vez em quando usa em suas brincadeiras.
Só odiava quando o Zeelias me mandava colocar outra fantasia, como Cuca, Emília ou bailarina. Era que, com essas fantasias, o personagem era outro, mau, sacana ou delicado de mais... Nada a ver comigo...
Mas, olha só a ironia!!! Foi numa festa em que estava fantasiada de bailarina que conheci a Turma da Mônica, que o William Tucci, amigo do Zé e diretor daquele grupo, me viu e disse assim: "Dá uma passada na Turma da Mônica pra fazer um teste". Isso foi em 86. Passei por uma bateria de testes na Maurício de Souza e ganhei uma vaga, de Magali. Sem que eu procurasse, sem querer, sem muito esforço também, dei o primeiro passo para fora do Venkenké e do Molambo por conseqüência. Fiquei na Maurício quase um ano. O trabalho como Magali inviabilizava o trabalho com o Venkenké e o Molambo.
E tudo vinha a calhar: não aguentava mais os problemas com o grupo, a faculdade de jornalismo tomava cada vez mais o meu tempo e comecei a cansar do trabalho árduo de palhaço. Minha última festa foi pela Rê. Ela já havia morrido.... Mas o Umdois precisava cumprir um contrato, chamou a Lu e a Lu precisava de uma parceira... Lá fomos nós: duas palhaças tristes, num trem, para Pirituba, extremo Norte de São Paulo. Era 19 de dezembro de 88. Dia em que aposentei a Mixirica pra sempre e desisti da vida de atriz.
Vivi

quarta-feira, dezembro 7

Era bom demais....



Acima, Wilton abraça a Lu, enquanto esperamos o ônibus para ir para Campos do Jordão. O sol amarelo é do inverno de 85.

Ainda acima. Parece que fotos incomodavam mesmo a Rê e a Su. Aí temos a Silvinha, que nos apresentou o Douglinhas, e o Klebson (era esse mesmo o nome?). Os dois sumiram de nossas vidas.

Ao lado, estamos nas baladas noturnas, sem dinheiro, só com um violão, tocando no Praça do Carmo. Moisés com o violão, a Cátia abraçando o menino de rua, o Jairo fazendo pose...

A galera começa a aparecer...


Boteco na esquina na Álvares de Azevedo com a Eliza Fláquer. Ponto de encontro obrigatório antes dos ensaios. Eu, Vivi, de pé, disfarçando diante da inevitável foto. Sentados: Marcinha, ainda loira, a divertida Suzete e o ainda pequeno Douglinhas, nossa revelação. A foto foi feita pelo Zé. Durante anos ele não soube o paradeiro dela. Eu roubei. Agora, ela está aí, para todos.

Cena de um dos primeiros ensaios do grupo, no prédio do Singular. Edmar pirando... Lindo. Foto minha. Pelo menos a máquina era minha.

Devia ser junho ou julho de 85. Eram os primeiros encontros. Todos tentando pegar um pouco de sol, na frente do Singular, esperando a galera toda para entrar no prédio e começar a ensaiar. No fundo, a sempre querida Rê, emburrada, envergonhada pela foto talvez (nunca saberemos). A Lu, com seu belo cabelo, e a Su, com a mão no rosto, parecem espantadas pelo click da Vivi. Zé, forçando um sorriso, e Edson dormindo... Naquele momento, tudo o que eu queria é registrar o momento.





Foi bom meu bem???

De fato, foi como nos velhos tempos... que bom que nos novos tempos a energia continua a mesma.


terça-feira, dezembro 6

Velha forma

Foi muito bom revê-los no domingo! Que o encontro não seja o último....
Saibam que minha casa está sempre aberta a todos. Acho que a reunião pode ser também um estímulo pra gente retomar esse blog e colocar na rua idéias novas. As lembranças de muitos ainda não estão aqui. As imagens também...
Bjs
Vivi

sábado, novembro 12

Eu quero ir pra Boiçucanga 3

O camping

Em Paraty, a esperança de que as coisas podiam melhorar foi por água abaixo. A perua não podia parar no trânsito, porque só pegava no tranco, empurrando. O camping das amigas do Zé estava lotado e tivemos de montar as barracas na praia. Não lembro se dormimos uma ou duas noites lá. Mas, só prá resumir, a Rê e o Edmar foram roubados (tiraram a carteira deles de dentro da barraca, enquanto dormiam), algum inseto picou o pé do Marcos, que ficou do tamanho de um pão, e o Zé também passou mal. Disse que caiu no banheiro. Nem o banho de mar era agradável. A Mônica também não parava de gritar a cada 15 minutos "Zééé, eu quero ir....". Juro que escutei o grito dela até de madrugada. Resolvemos voltar antes pra casa. Mas o que parecia péssimo ainda ficaria pior.

O retorno

Em Caragua, o motor da Kombi fundiu. Conseguimos chegar a uma oficina mecânica e o cara cobrou o que hoje deve equivaler a uns R$ 800 para consertar. Ninguém tinha dinheiro. Mas eu tinha, no banco: grana que meu pai depositou para pagar a matrícula do curso de Jornalismo. Aí rolou o maior pau entre eu e o Zé: ele defendia que eu comprasse as passagens para todos irem pra casa de ônibus. Em Santo André, a grana seria devolvida. O Marcos achava melhor consertar a perua e voltar de carro e todo mundo rachava o conserto. Pegaria a grana em Santo André. Concordei com o Marcos. Contrariado, Zé parou de falar comigo na hora.
Enquanto os caras mexiam no motor, a gente de um lado pra outro da estrada, debaixo do sol, sem ter o que fazer... O Zé pegou Mulheres, do Bukowski, e começou a ler alucinadamente. Nem levantava o olho. Eu o chamava, ele nem olhava pra minha cara. Queria matá-lo de raiva. Acho que leu o livro todo. À noite, aquela droga de perua ainda não estava pronta. Por caridade, os caras deixaram a gente dormir em um tipo de ap. sobre a oficina, que não tinha sido alugado pro feriadão. Foi uma benção para o corpo. Mas estávamos com fome e atacamos o armário do lugar. Tinha uma feijoada enlatada... Eu não comi, mas quem comeu se arrependeu no dia seguinte...
Na volta, mal nos falamos. Em casa, disse pra minha mãe que tinha voltado antes porque o tempo estava muito ruim... Quem ficou, morreu de dar risada da nossa sorte.

O saldo

1. A viagem, apesar de ter envolvido só cinco do Molambo, foi meio que o sinal pra mim que estava na hora de pular fora de tudo aquilo. Aos poucos, fui saindo do grupo.
2. Nunca mais aceitei viajar de Kombi.
3. Uma vez, vindo de Visconde de Mauá para cá pelo Litoral Norte, quis parar em Boiçucanga, só prá saber por quê a Mônica queria tanto ficar naquela praia. Desculpe Moniquinha, mas odiei.
4. Não como feijoada enlatada, nunquinha.
5. E só fui ler Mulheres muitos anos depois. Comprei em um sebo. E adorei.